quinta-feira, 19 de junho de 2008

Não... não é isso nem aquilo. Não é o despertador de manhã, nem meu quarto bagunçado. Não é a preguiça de levantar, nem de superar obstáculos.
É o fato de não admitir minha fraqueza. O fato de me limitar à rotina; fugir dos desafios; ignorar os problemas.
É o fato de prender as lágrimas e nem mesmo deixar que alguém as enxugue.
É o fato de tanta carga sem ter onde descarregar.
Sinto minha pulsação fraca, sinto falta do meu amor próprio. Sinto falta da força que sempre pensei ter, mas não tenho.
As minhas fugas ficam na mesa do bar, junto com minha postura e senso. Qualquer senso. Nos últimos dias nem senso de humor consigo ter.
E a cada dia a resposta está mais distante.

E não há mais sonhos, não há mais planos.
Viver o hoje me parecia tão mais cômodo e saudável.
Mas a frieza inibiu minha sensibilidade, e eu ainda tenho mágoas. E eu ainda tenho o choro entalado em minha garganta.

E continuo odiando o auto-julgamento, o auto-questionamento, pois eles deveriam levar a algum lugar.

Mas eu ainda estou aqui. Na mesma cama, com a mesma fraqueza – somente exposta em minha solidão.

Eu não sei se há lugar pra chegar.