terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Quão vazia sou a ponto de ser sozinha?
Quão vazia sou a ponto de não me contentar?
Quão vazia sou a ponto de "perder a linha"?
Quão vazia sou para escolher aquilo a me completar?

O que me falta, então?

Quão triste sou a ponto de alegrar somente aos outros?
Quão triste sou a ponto de precisar sorrir o tempo todo?
Quão triste sou a ponto de usar meios
onde posso ser feliz de novo?

O que eu sou, então?

Quão distante você está a ponto de não me notar?
Quão distante você está a ponto de não me querer?
Quão distante você está a ponto de não perceber
que o que eu quero é você?

Quem é você, então?
Hoje quando acordei com aquele mau-humor do cão, pensei em sumir! Pensei na possibilidade de me mudar de cidade, começar uma vida nova. Fazia minhas reclamações matinais. Pensava nas dores em meu corpo e no exagero do fim de semana. Pensava em meus impulsos e no quanto eles me prejudicavam as vezes. Pensava que alguma coisa em minha vida não estava indo bem. Daí entrei no fotolog do Henrique, li o que ele escreveu. Veio-me aquela sensação estranha de arrependimento nos pensamentos anteriores.
De repente chego na Pró-arte, começo meu dia de trabalho. Na correria esqueço um pouco os maus pensamentos.
Abro meu email e lá estava um email inusitado. Meu pai, que não vejo há 1 ano e meio e que as tentativas de reconciliação não tiveram sucesso. Mas aquele email me fez refletir sobre "valores". Valor do próximo, valor das coisas mínimas, valor de momentos.
De repente uma mulher na frente da escola perde a mão na máquina de caldo de cana. O resgate, o desespero, a gritaria... foi chocante! E eu trabalhando em meu computador, e alguém que ganhava a vida fazendo caldo de cana simplesmente PERDE A MÃO!
O que eu tenho em minha vida se eu perco minha mão? E ela? Como ela vai sustentar-se sem o instrumento de trabalho??
Então mais tarde minha amiga de Rondonópolis me conta que tentaram matar seu pai. Um homem que cresceu muito na vida e, hoje em dia, tem seus bens materiais de muito valor. E simplesmente há pessoas querendo matá-lo por ter conquistado uma "boa vida" financeira!

Agora me pergunto... Pra que tanto desespero, mau-humor, desavenças, incertezas, reclamações, ganância? Por que jogar a vida fora com tudo isso???

Um email inusitado me fez pensar no perdão. O sofrimento alheio me fez pensar além da compaixão. O fato de perder me fez refletir sobre o ganhar.
Daqui não levamos nada, então por que não viver feliz?

Viver não é tão difícil como pensamos. Aproveitar a vida não é errar, se você souber respeitar e amar aquilo ao seu redor. A gente perde tempo pensando no acontecer, nas conseqüências, e não aproveita a felicidade do momento!

Pelo menos quando a fase que eu passo agora acabar, eu serei feliz em lembrar!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Expresse aquilo que sente agora da maneira que puder
Fale, sinta, aja
Não continue me matando em esperança
Não continue se escondendo!

Me humilhe, me xingue
Mas vomite o que pensa de mim
Me despedace de uma vez
Me tire a ilusão da raiz!

Mas não continue se escondendo!

Eu sei e compreendo o tempo
Mas não entendo você.
E o tempo a cada dia me mostra
Aquilo que não quero ver
Então por que não me mostra você?

Por que você não me mostra?
Há algum tempo este blog me serviu como uma terapia. Esses dias mesmo reli vários posts. Ri. Chorei. O que escrevi foram momentos. Momentos de angústias, de ansiedade, de tristeza. Estava em uma fase onde precisava de algo para expor, sendo que não tinha para quem expor aquilo que estava entalado em minha garganta. Mas por realmente não querer.
Parece que quando eu criei o blog, eu estava em uma caixinha, presa, guardada, e após a construção deste, eu me soltei.
Acontece que há momentos aqui que já passaram, e que não voltam mais. E há momentos ainda que persistem e que tão cedo não vão mudar.
Enfim... hoje estou querendo dar vida nova ao blog, que me ajudou a amadurecer e ser o que sou e estar aqui no dia de hoje. Me ajudou muito soltar tudo aquilo que me fazia mal.
Tão irônico uma pessoa como eu (arara, arara!) não conseguir expressar aquilo que mais me afeta.
Mas é assim mesmo. É a minha personalidade. A espontaneidade muitas vezes é confundida com a futilidade, superficialidade. Mas não é bem assim.
Expressar o que realmente te afeta é uma tarefa difícil. E eu faço melhor com a mão, caneta, teclado, mouse. Muitas vezes com metáforas. Muitas vezes com poesia. Muitas vezes com música. Muitas vezes, muitas vezes.

Tenho uma amiga que usa a expressão em suas pinturas, desenhos, projetos. Quando você vê seus trabalhos, enxerga tudo aquilo que com palavras ninguém consegue entender.
Tenho outros amigos que com o violão, a guitarra, o baixo, expressam melhor.
Cada um expressa da maneira que quer, mas o importante é expressar!

E dou vida novamente ao blog para vomitar minhas aflições, tristezas, ansiedades, etc. Seja através de música, de desenhos, de poesia e principalmente de pensamentos, que aqui libertarei.