terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Hoje quando acordei com aquele mau-humor do cão, pensei em sumir! Pensei na possibilidade de me mudar de cidade, começar uma vida nova. Fazia minhas reclamações matinais. Pensava nas dores em meu corpo e no exagero do fim de semana. Pensava em meus impulsos e no quanto eles me prejudicavam as vezes. Pensava que alguma coisa em minha vida não estava indo bem. Daí entrei no fotolog do Henrique, li o que ele escreveu. Veio-me aquela sensação estranha de arrependimento nos pensamentos anteriores.
De repente chego na Pró-arte, começo meu dia de trabalho. Na correria esqueço um pouco os maus pensamentos.
Abro meu email e lá estava um email inusitado. Meu pai, que não vejo há 1 ano e meio e que as tentativas de reconciliação não tiveram sucesso. Mas aquele email me fez refletir sobre "valores". Valor do próximo, valor das coisas mínimas, valor de momentos.
De repente uma mulher na frente da escola perde a mão na máquina de caldo de cana. O resgate, o desespero, a gritaria... foi chocante! E eu trabalhando em meu computador, e alguém que ganhava a vida fazendo caldo de cana simplesmente PERDE A MÃO!
O que eu tenho em minha vida se eu perco minha mão? E ela? Como ela vai sustentar-se sem o instrumento de trabalho??
Então mais tarde minha amiga de Rondonópolis me conta que tentaram matar seu pai. Um homem que cresceu muito na vida e, hoje em dia, tem seus bens materiais de muito valor. E simplesmente há pessoas querendo matá-lo por ter conquistado uma "boa vida" financeira!

Agora me pergunto... Pra que tanto desespero, mau-humor, desavenças, incertezas, reclamações, ganância? Por que jogar a vida fora com tudo isso???

Um email inusitado me fez pensar no perdão. O sofrimento alheio me fez pensar além da compaixão. O fato de perder me fez refletir sobre o ganhar.
Daqui não levamos nada, então por que não viver feliz?

Viver não é tão difícil como pensamos. Aproveitar a vida não é errar, se você souber respeitar e amar aquilo ao seu redor. A gente perde tempo pensando no acontecer, nas conseqüências, e não aproveita a felicidade do momento!

Pelo menos quando a fase que eu passo agora acabar, eu serei feliz em lembrar!

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