terça-feira, 23 de setembro de 2008

O universo feminino e o universo masculino simplesmente não casam. E é bem difícil entender isso.

Típico de mulher imaginar o sexo casual como um futuro relacionamento.

Típico do homem não se entregar ao sentimento culpando uma suposta fase de vida.

Quantas fases de vida. Quantas pessoas certas passam pela fase errada!

E, na minha opinião, quanta covardia limitar-se por medo!

As experiências de vida são aprendizados, mas as pessoas não são iguais.

E que triste as comparações inevitáveis em nosso cotidiano, fechando os olhos para um novo sorriso, um novo olhar, um novo toque. Isso pode levar a vários lugares, e é fácil dizer que existe apenas um! Não! Não são as mesmas conseqüências.

Então um diálogo é tão desnecessário, porque a expectativa da mágoa faz com que o sofrimento se antecipe. E antes mesmo de saber quão especial é a pessoa, prende-se à situação.

E quais as garantias que tenho que todos os homens são iguais? Sim, eu realmente já passei dessa fase.

Já se tornou ridícula a argumentação. E que fase é essa que te bloqueia? Não existe isso. E o tempo me mostrou muito. E não são fases, e sim pessoas. Não é seu bloqueio, é a química. Não é só o medo, é o querer.

Ainda está doendo ou já passou? Ninguém vai te machucar ainda mais, se você não quiser. Mas te ajudar na cura talvez. Porque cada um é único, e disso você ainda não tem certeza.

sábado, 20 de setembro de 2008

E como se uma criança fosse deixada em meio à floresta. Sem saber onde está, perdida. Procurando um caminho dentre as árvores, procurando uma luz na escuridão.
Eu já me senti assim, há tempos. Talvez cedo demais pra uma sociedade acomodada. Talvez cedo demais pra última filha de um casal separado. E o pouco tempo deveria abrir meus olhos para enxergar a vida de outro modo. E o pouco tempo deveria me levar à auto-aceitação, e deveria me fazer acreditar na responsabilidade.
Então não posso sofrer por ser sozinha. Não posso sofrer por aceitar os obstáculos. Não posso sofrer por precisar da minha privacidade.


E a criança após desespero, fome, choro, e todas as angústias possíveis, aprende. E não se mede mais a idade. Não se pode comparar aquele ser que sofreu sozinho, chorou por apoio e não obteve resposta. Porque se fosse tudo tão fácil, não haveria o que encontrar, pois não precisaria procurar.


E agora que eu sei que só eu posso encontrar meu caminho, me parece inútil o apoio familiar. E os conselhos sábios, são apenas palavras de respeito.

Por ter sido a criança jogada em meio à floresta, só eu sei como aprendi viver dentro dela. Só eu sei a fome, a sede e o medo que passei. E não há outro salvador além de mim. E nem precisei do caminho de volta – porque não existe mais.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Pois bem, sinto vontades. Não vejo problemas nisso. E como qualquer ser-humano, sinto desejos que muitas vezes não se concretizam. E por que os desejos devem ser realizados?
Às vezes me sinto bem em só desejar. Pois nada sei do que muitas vezes desejo. E a fome do saber me faz sonhar; e eu já disse que não é bom sonhar sozinha.
Mas há um "que" de expectativa dentro de mim - só não sei em relação à quem. Só a mim.

E de súbito me vejo em você. Como se eu fosse uma parte de ti. E meus desejos são teus, e não há mais nada a fazer a não ser realizá-los.
Depois me visto.

E novamente o vento é frio em minha janela. Puxo o edredon, e a única coisa que cabe em minha cama é meu corpo encolhido.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Quando se constrói aquilo que a emoção quer, a realidade vem como um trator. Derrubando muros, com tijolos levantados a dois. A dois?

E de fato não degustamos o vinho em cima da mesa da cozinha. Não admiramos o quadro na sala. Não lavamos os pés na pequena fonte do jardim. Muito menos aproveitamos a cama king size.

Nunca mais sonhe aquilo que não se realizará. O tempo desperdiçado muda o rumo, e não há mais ninguém ao teu lado.

É impossível realizar um sonho construído sozinha. E se ainda quer manter a esperança - não construa mais.