sábado, 20 de setembro de 2008

E como se uma criança fosse deixada em meio à floresta. Sem saber onde está, perdida. Procurando um caminho dentre as árvores, procurando uma luz na escuridão.
Eu já me senti assim, há tempos. Talvez cedo demais pra uma sociedade acomodada. Talvez cedo demais pra última filha de um casal separado. E o pouco tempo deveria abrir meus olhos para enxergar a vida de outro modo. E o pouco tempo deveria me levar à auto-aceitação, e deveria me fazer acreditar na responsabilidade.
Então não posso sofrer por ser sozinha. Não posso sofrer por aceitar os obstáculos. Não posso sofrer por precisar da minha privacidade.


E a criança após desespero, fome, choro, e todas as angústias possíveis, aprende. E não se mede mais a idade. Não se pode comparar aquele ser que sofreu sozinho, chorou por apoio e não obteve resposta. Porque se fosse tudo tão fácil, não haveria o que encontrar, pois não precisaria procurar.


E agora que eu sei que só eu posso encontrar meu caminho, me parece inútil o apoio familiar. E os conselhos sábios, são apenas palavras de respeito.

Por ter sido a criança jogada em meio à floresta, só eu sei como aprendi viver dentro dela. Só eu sei a fome, a sede e o medo que passei. E não há outro salvador além de mim. E nem precisei do caminho de volta – porque não existe mais.

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