terça-feira, 26 de agosto de 2008

Um mês para dizer “adeus” ao inverno. Inverno que durou um ano pra mim. O inverno mais frio que tive. O inverno que pude sentir o gelo dentro de mim. Ora endurecendo, ora me queimando.
O Inverno acabou sendo literalmente gelado, e todas as expressões usadas na estação me serviram. Não só fez frio aí fora – fez muito mais frio aqui dentro.
E o frio me fez fria. E quando pego a caneta e o papel, transmito a conseqüência em minhas palavras frias.
E o mais triste é que não foi a chuva, ou a tempestade, ou o vendaval que a mãe Natureza trouxe. Foi a chuva de acontecimentos, a tempestade de hipocrisia, o vendaval de egoísmo alheio.


Fui um pouco disso? Ou isso foi um pouco de mim?

Queria que a verdade viesse após o inverno. Queria que os pássaros trouxessem amor pelos céus limpos da primavera. Queria que das árvores brotassem frutos de compreensão, flores de carinho. Queria que isso aqui dentro derretesse, e em meus olhos brilhasse o sol da manhã. Que meu sorriso refletisse as estrelas de uma noite quente.

Estou ansiosa pela mudança de estação. Sonhando com outras mudanças junto dela. E assim, no próximo inverno, eu estarei muito bem aquecida. Mesmo sem cobertor, porque não mais precisarei.

3 comentários:

Valdinei disse...

fique tranquila, a estação vai mudar.

Paulinha disse...

o sol vai sair e tudo vi brilhar de novo.
é só olhar lá fora... tá calor! =)

Bruna disse...

Você pode ver o Sol no inverno, se quiser.

Depois me conta como foi sábado.
Beijo. (: