terça-feira, 15 de julho de 2008

Deve haver algum modo de aceitar sua incompreensão. Porque nos calamos quando há muito que expressar, às vezes. Acumulamos pensamentos, como se fosse impossível organizá-los. Sinto que às vezes os prendo em uma jaula, querendo soltá-los de uma vez, após alimentá-los muito mal.

Eu nunca pedi compaixão. Mesmo assim é difícil de entender, de me entender. Não é? Porque a minha parcela de culpa aumenta diante dos fatos, justamente por você não compreender. É bem mais fácil limitar sua visão aos meus erros.

A amplitude dos sentidos te confunde. Você não pode ir além. Te afeta aceitar minhas qualidades, por isso sou superficialidade pra você. Cheguei a acreditar na minha incapacidade, diante do seu sarcasmo e prepotência. Aí está a minha maior culpa.

Sou pra você o hoje, o agora – contanto que te beneficie de alguma forma. Depois você ri do modo que me usou; e eu tento acreditar que usei você. Então virou passado, e você nem vê a importância, pois simplesmente ela não existe.

Quando eu encontrar um modo de aceitar sua incompreensão, poderei, enfim, te compreender. Enquanto isso você é nada pra mim. E eu sou nada pra você.

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